Poesias de Agnelo Regalla

O ECO DO PRANTO

Não me digas
Que essa é a voz de uma criança
Não...
A voz da criança
É suave e mansa
É uma voz que dança...
Não me digas
Que essa é a voz de uma criança
Parece mais
Um grito sem esperança
Um eco       
Partindo de fundo de um beco
Não me digas
Que essa é a voz de uma criança,
Essa é doce e mansa
É uma voz que dança...
Esta parece mais
Um grito sufocado sob um manto
- O Eco do Pranto.


AMAR

Amar
É o mesmo que escrever
Docemente,
Amargo,
Mas incompleto.

FLOR NOCTURNA 

Flor nocturna
Que com a lua
Desabrochas em meus braços
Flor soturna
Que pelas sombras da rua
Guias teus passos,
Flor amiga
Com pétalas de estrelas
E résteas de luar
Deambula noctívaga
Pelas vielas
E vem-me abraçar.


ÁTOMO
Vi uma criança
Dobrar-se inocente
Sob o peso da bomba.
Vi o átomo
Desagregar-se em  morte
E cobrir em cogumelo
A Humanidade,
E lágrimas de sangue
Ergueram-se
Em ogiva
Sobre o deserto,
E lá longe,
Uma pomba branca
Que sobreviveu
Sem arca e sem Noé
Chorou a loucura do Homem.
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Autor Unknown

Aluno(a) do IFBA - Campus Santo Amaro.

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